terça-feira, 26 de abril de 2011

Arroz de Delícias e Açafrão



























Ingredientes

2 chávenas de arroz
4 chávenas de água
3 dentes de alho
Azeite
1 embalagem de delícias do mar
1 colher de chá de açafrão
1 caldo de legumes
Sal

Fiz um refogado com o alho e o azeite. Adicionei o arroz e envolvi-o até estar alouradinho. Juntei a água, o sal, o caldo de legumes e o açafrão e deixei cozer. Quando estava quase cozido, juntei as delícias, que já tinha picado aos bocadinhos. Decorei com tirinhas de pimentos verdes pequeninos frescos.

Servi este arroz como acompanhamento para as lulas com 4 feijões que apresentei sábado passado. Por norma, a feijoada é acompanhada com arroz branco, mas, como já afirmei anteriormente, acho o arroz branco entediante, por isso, resolvi acrescentar-lhe o colorido das delícias e do açafrão., para levantar os ânimos da Nação, que anda toda “consumida”, e com razão, com toda a conjectura política e económica actual. 

Mas será mesmo uma crise apenas desta era?

Deixo-vos com esta reflexão de Eça de Queirós.

Que fazer?
Que esperar?
Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito.
Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política.
De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.

Eça de Queirós, in 'Correspondência (1891)'
 

Patrícia

3 comentários:

Catarina Collins disse...

Que delicia de arroz... Ficou com uma cor linda do açafrão. Gostei muito da receita : )

Beijinhos

Ilídia disse...

Coitadinho do arroz branco! Por acaso,com certos pratos, acho que é o que continua a ir melhor! Mas gostos não se discutem! Este também parece muito bom. Quanto a Eça, atual, como sempre! Gosto taaaanto...

Sabores com História disse...

Por acaso já conhecia. Sempre se deu pouco valor à literatura em Portugal e aos ensinamentos dos nossos poetas e escritores. Aliás vi desaparecer dos livros de Português alguns autores como António Nobre e Cesário Verde e nunca entendi porquê. Mas falando do arroz. É dos meus, simples e leve. Faço um parecido mas coloco apenas couve.