quarta-feira, 4 de julho de 2012

Feijoada à terceirense

Sempre gostei de feijoada. Da da minha mãe, da minha avó, das minhas tias... normalmente sempre acompanhada por arroz branco.
Quando cheguei aos Açores pela primeira vez, de visita em 1999, quiseram-me impressionar com as melhores iguarias da terra. E uma dessas iguarias, que a minha "futura sogra" me serviu, foi esta magnífica feijoada, que se faz de forma muito semelhante à nossa, de qualquer região de Portugal continental, mas com um pequeno pormenor que faz toda a diferença: no final vai ao forno. 
Para acompanhá-la também costumo fazer arroz mas, o típico cá é acompanhar com fatias de pão caseiro.
Espero que gostem e que experimentem nas vossas casas. É um ótimo prato para reuniões de família, pois pode ser feito em quantidade e preparado na véspera, indo ao forno apenas no próprio dia.
Peço desculpa por não especificar bem as quantidades, mas quando faço é sempre em dose industrial pois a família é grande e, mesmo que sobre, congelo.



Ingredientes:
1 naco de bacon
1/2 linguiça
1 mão de porco *
febra de porco q.b.
1 orelha de porco
feijão (uso do rolo, + ou - o equivalente a uma tigela)
2 cebolas grandes
5 dentes de alho
azeite q.b.
6 baguinhas de pimenta da Jamaica
2 folhas de louro
3 c. sopa de polpa de tomate
sal q.b.

Preparação:
Numa panela, cozem-se as carnes e os fumados em água, com um punhado de sal.
À parte, coze-se o feijão sem sal, acrescentando-se, de vez em quando, umas conchas da água que cozeu a carne. Atenção que não é necessário deixar cozer muito nem as carnes, nem o feijão.
Depois de cozida, corta-se a carne em pedacinhos e reserva-se.
Em seguida, faz-se um refogado com o azeite, as cebolas e o alho picados. Acrescenta-se a pimenta da Jamaica, o louro e a polpa de tomate e deixa-se refogar tudo durante um bocadinho. Depois disso, juntam-se os cubinhos de carne, o feijão devidamente escorrido e um pouco de água da cozedura das carnes (mais ou menos até à altura da carne e do feijão). Prova-se e, se necessário, retifica-se de sal. Deixa-se estar um pouco ao lume (não é preciso ferver) e, posteriormente, coloca-se tudo num recipiente de ir ao forno. Mantém-se no interior do mesmo até ficar apuradinho e o molho evaporar um pouco.


* - a minha sogra diz que não pode ser pé de porco, tem de ser a mão, é mais saborosa!!!

Nota: para quem não conhece pimenta da Jamaica, é fácil encontrá-la nos hipermercados, na zona das especiarias. Mas atenção: nunca trinquem uma baga destas, pois não é nada agradável, e evitem colocá-las no prato das crianças.

E como se diz na Terceira... "gostem muito".

Beijinhos.

Maria


6 comentários:

Sara Ramos disse...

É das minhas comidas preferidas. E esta está com um aspecto delicioso. Bjs

Ondina Maria disse...

Maria, também sou fã de feijoada e esta versão que vai ao forno deixou-me muito curiosa... Está com belissimo aspecto, muito tentadora!

Anónimo disse...

A feijoada é como a lasanha: pode-se fazer de tudo. A seguir a esta, a tradicional, com o toque terceirense de a levar ao forno que para mim faz toda a diferença, sou fã da feijoada de polvo.
Adorei o pormenor da assadeira de esmalte. Ovais e grandes. A minha mãe te uma igual, com tampa e tudo, comprada na Base Americana há muitos anos.
Cá em casa as crianças "gostem" muito de feijoada.
Um beijinho.

Receitas ao Desafio disse...

Sarinha e Ondina, da próxima vez que fizerem feijoada, levem-na ao forno! Vão adorar!
Patrícia, esta assadeira é da minha sogra, e foi comprada na Base. Eu não tenho porque já "vim tarde", mas tenho uma no mesmo material, que comprei em Angra, mas redonda. Gosto mais do tamanho, só para nós.
Bjs às três.
Maria

Babette disse...

Acho muita graça que a feijoada, sendo um prato transversal ao país, seja também tão diferente. Lembro-me de comer uma feijoada no Alentejo e de ter ficado estupefacta por não vir acompanhada de arroz! é que arroz e feijão é mesmo tudo de bom ;)
Babette

Receitas ao Desafio disse...

Pois é Babette... e com certeza ainda existirão muitas outras formas de se comer feijoada no nosso "pequeno grande" Portugal!
Esta, até agora, é a minha preferida, e com pão... também "combina" ;)
Um beijinho.
Maria